A escalada da violência no ES
Por Renato Coan.
Temos assistido com espanto ao aumento da violência no Espírito Santo e nos assustamos, diariamente, com as atrocidades praticadas. Há poucos dias uma médica, que atendia crianças com câncer, teve a sua vida ceifada por motivos torpes. Não dá para acreditar que uma pessoa como ela, dedicada a crianças, possa ter sido cruelmente executada no pátio do próprio hospital onde trabalhava, depois de um plantão exaustivo. Mas… essa médica é apenas um caso!
Infelizmente há outros, como o dos irmãos assassinados em João Neiva e o do Secretário Municipal em Cachoeiro. Esses e tantos outros fazem parte de uma triste estatística confirmada diariamente pelos capixabas: a cada dia a criminalidade, a sensação de impunidade e a insegurança aumentam na proporção da incerteza de como reverter esse quadro.
O certo é que as responsabilidades não assumidas por quem de direito nos deixam à mercê da sorte. O nosso Estado ainda não atingiu os índices do Rio de Janeiro, mas é fato que não temos mais a tranquilidade e a segurança que tínhamos há algum tempo, o que fazia do Espírito Santo um lugar aprazível para trabalhar, morar e passear.
Não sei o que deve ser feito para mudar isso, mas sei que algo deve ser feito. Claro que não podemos esperar medidas mágicas que acabem com a violência de um dia para o outro, mas também não podemos ficar de braços cruzados esperando que gratuitamente mais vidas se percam. A insegurança está chegando a cidades antes pacatas e colocando aí a tranquilidade como objeto de luxo. Ano que vem temos eleições. Será o momento de exigir que “segurança” deixe de ser bandeira de palanque politiqueiro para virar política pública de verdade!
Será o momento de exigir que se deixe o “marketing político da insegurança” – tema favorito dos candidatos politiqueiros – e se façam ações efetivas que tornem a vida do povo novamente tranquila! Ou será que teremos de perder muitas mais vidas de jovens, idosos, mulheres e crianças, só porque o tema “segurança” rende bons programas eleitorais? Chega de violência, gente!