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Incaper explica a chegada do outono na agricultura

Agricultura - Notícias - 20 de março de 2018

O outono no Hemisfério Sul teve início às 13h14, nesta terça-feira (20). Nesta data, o ângulo entre o eixo de rotação da terra em relação ao sol é de 90°. Isto significa que o dia e a noite têm aproximadamente a mesma duração: por volta de 12 horas. Este fenômeno astronômico é conhecido como Equinócio de Outono que favorece as mudanças na agricultura, no tempo e na temperatura no Espírito Santo durante a estação.

O Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) explica que, com a chegada do outono, a natureza muda de cores, como pode ser visto nas matas e áreas de vegetação natural de propriedades familiares, onde as quaresmeiras e muricis brindam a todos com a sua beleza.

Na agricultura não é diferente. Observa-se muitas mudanças nas paisagens/atividades agrícolas. Por exemplo, o aumento dos cultivos de hortaliças, devido às temperaturas mais amenas da estação. Em lavouras perenes, como o café, observa-se que, na sequência a floração e o enchimento de frutos que ocorreram na primavera e no verão, durante o outono os frutos estão amadurecendo, preparando as plantas para a colheita que virá a seguir.

Os agricultores que praticam ou querem praticar a agricultura de conservação, o sistema de plantio direto na palha, o manejo agroecológico e a adubação verde podem contar com espécies vegetais diferenciadas para utilização no manejo vegetativo dos agroecossistemas. Segundo a pesquisadora do Incaper Maria da Penha Angeletti, nestes sistemas diferenciados de agricultura, parte-se do princípio de que se deve reservar um período do ano, de 60 a 90 dias, para cultivar plantas que não vão gerar uma colheita comercial, mas que são cultivadas pelos benefícios que trazem às lavouras que virão na sequência; ao solo; à água e à vida dos agroecossistemas em geral (biodiversidade).

“Muitas espécies vegetais são próprias para o cultivo no outono-inverno, especialmente na Região Serrana onde, devido exigências climáticas, são semeadas preferencialmente no período de abril a junho, podendo se estender até agosto. Estamos falando de aveia-preta, aveia-branca, azevém, centeio, ervilha forrageira, ervilhaca peluda, ervilhaca comum, nabo forrageiro, tremoço azul e tremoço branco entre outras”, explicou a pesquisadora.

Cada uma destas espécies tem suas características e pode trazer inúmeros benefícios agronômicos, ambientais e econômicos às lavouras e aos agroecossistemas: proteger o solo da erosão; ajudar na economia de água nas propriedades; melhorar o solo e fazer adubação verde natural; ajudar no manejo natural do mato, de pragas e de doenças, atrair inimigos naturais e insetos polinizadores para as áreas agrícolas. A floração abundante agrada a todos pela beleza que cria nos campos cultivados, o que pode ser um diferencial em propriedades familiares que trabalham com Agroturismo.

Tempo e temperatura

Na Região Sudeste do Brasil, por se tratar de uma estação de transição entre o verão e o inverno, o outono traz consigo características de ambas as estações, com mudanças aceleradas nas condições do tempo.

No Espírito Santo, os meses de abril, maio e junho, que compreendem o período da estação, apresentam uma maior frequência de fenômenos adversos, como nevoeiros em algumas áreas da Região Serrana. Há ainda uma diminuição nos índices pluviométricos e nas temperaturas, devido à incursão de sistemas frontais acompanhados de massas de ar frio mais intensas.

A média acumulada de precipitação para a estação fica entre 300 e 500 mm no Sul e abaixo dos 200 mm no Norte. As temperaturas máximas médias ficam em torno dos 26,0 ºC na região Serrana e 31,0 ºC nas demais regiões.

Fonte: Incaper

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