Justiça condena três pessoas que se passaram por fiscais do Iema em Colatina
O juiz da 3ª Vara Criminal de Colatina, Marcelo Feres Bressan, condenou três pessoas que, com o intuito de extorquir dois donos de propriedades rurais de Colatina, teriam se passado por fiscais do Instituto Estadual de Meio Ambiente (IEMA).
Segundo o magistrado, os golpistas utilizavam um carro com adesivos com emblemas do Poder Executivo, uniformes e, ainda, um bloco de multas do instituto. O material teria sido desviado por um dos réus, enquanto era funcionário temporário do IEMA.
Segundo a denúncia do Ministério Público Estadual (MP-ES), os falsos fiscais, utilizando uma linguagem técnica, afirmavam que havia irregularidades ambientais relacionadas às atividades das vítimas.
Para não “autuarem” as mesmas em valores muito altos, cobravam propinas e, ainda, seguiam as vítimas até o banco para pressioná-las a sacar o valor cobrado.
Ainda de acordo com os autos, uma das vítimas, de quem teria sido exigido o pagamento de R$ 6 mil, ligou para familiares durante o trajeto até o banco e estes, achando estranho a conduta dos falsos fiscais, entraram em contato com a polícia.
Quando chegaram ao banco, a vítima e os criminosos encontraram os familiares, o gerente da conta da vítima e policiais militares, que efetuaram a prisão dos criminosos.
“Não bastasse terem se identificado como funcionários do IEMA, os réus estavam uniformizados e tinham um bloco de autuação contendo a sigla da autarquia. Tudo orquestrado e planejado pormenorizadamente para que de fato se passassem por servidores do órgão ambiental”, destacou o magistrado.
Condenações
Segundo a sentença, dois dos réus, que participaram da extorsão das duas vítimas, foram condenados a 12 anos de reclusão, 100 dias-multa e regime inicial fechado. Um dos réus, que teria participado apenas de uma das extorsões praticadas, foi condenado a cinco anos e quatro meses de reclusão, em regime inicial semiaberto.
Fonte: G1 ES