Processo de Luto
O conceito de “luto” está naturalmente associado ao processo posterior à morte de um ente querido. No entanto, quando estamos perante o término de uma relação amorosa ou a perda de um membro do nosso corpo após um acidente ou após uma cirurgia, ou quando perdemos um animal de estimação, estamos igualmente a falar de luto, ou seja, todas estas situações são exemplos de perdas pelo que o indivíduo passa ao longo da sua vida e que, obviamente, necessita de tempo para ultrapassar esta fase, mas, apesar das diversas situações de luto.
QUARTA NO DIVÃ por Patrícia Jacob
A definição de “Processo de Luto” é bastante complexa na medida em que cada pessoa o vivencia de forma diferente, mediante as culturas, o meio em que está inserida e o próprio contexto da perda também influencia a forma como a pessoa vai encarar o luto.
O papel do psicólogo é fundamental na medida em que ajuda a pessoa enlutada a lidar ou encarar a perda de forma adaptativa e ajustada, propiciando uma reorganização das crenças acerca de si mesmo e do mundo. Pretende-se que o indivíduo estabeleça um novo equilíbrio que lhe permita não propriamente ultrapassar a perda, mas aprender a viver com ela.
A sua duração tanto pode ser prolongada como breve, tanto pode ocorrer num período de tempo definido ou indefinido e a sua intensidade varia ao longo do tempo, de pessoa para pessoa e de cultura para cultura. A reação à perda depende muito dos limites impostos pela cultura e sociedade em que o sujeito se insere.