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Minha Opinião - 17 de março de 2021

Por: Carlos da Fonseca

Como se sabe, o Brasil é tido pelos próprios brasileiros como o país do jeitinho. O célebre “jeitinho brasileiro”, inclusive, já é conhecido além fronteiras traduzindo-se pela expressão de “tirar proveito” para si próprio pouco se importando com o outro, ou os outros seus semelhantes. Em outra sintonia, mas idêntica, a composição que o cantor Bezerra da Silva imortalizou, também dizia: “farinha pouca, meu pirão primeiro”. Ditados antigos e tão atuais! Mais acentuados aqui, mas grassando pelo mundo! Mais atuais agora em tempo de pandemia que obrigou as pessoas a se isolar, que levou muita gente ao desemprego e que, de um modo ou de outro, sentiu seus efeitos. Mais agora, quando os meios tecnológicos, a internet nos celulares, na televisão… as redes sociais… colocam no nosso raio de ação, em tempo real, todas as mazelas intrínsecas ao ser humano ao redor do mundo. Teve caso em que pessoas foram ultrajadas por terem sido transmissoras do novo coronavírus e, sem saberem, infectaram muitas outras; tem pessoas e grupos devidamente organizados negando a ciência, negando o vírus e a sua capacidade de infecção, desdenhando dessa capacidade mortal… Tem gente que não usa máscara protetora e não está nem aí para fugir das aglomerações, mesmo em se sabendo que não há outra hipótese de quebrar a transmissibilidade do vírus! Teve muita gente que recebeu indevidamente o auxilio emergencial do governo; uns e outros a mando sabe se lá de quem ou do quê contribuindo para que a pandemia seja mais violenta. Enquanto isso compras de material hospitalar com preços superfaturados, instalação de hospitais caríssimos que nunca foram usados, matérias primas que venceram prazo de validade ou que acabaram nem sendo usados… e agora que a ciência criou as vacinas tem gente que as nega! Tem gente que não quer ser vacinada e, pior, tem muitos mais furando a fila para a tomar, já que a produção é pouca. Pandemia enorme e assustadora: vacina pouca, meu braço primeiro!

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