A MINHA OPINIÃO

Jair Bolsonaro já é o Presidente eleito do Brasil. E agora, José? Este é o tema da capa desta edição do jornal que, além da notícia do veredito das urnas, dimensiona a grande incógnita que se vislumbra para o Brasil perante o emaranhado que se leu, ouviu e viu na mídia durante as campanhas eleitorais. Não é novidade para ninguém que o nosso país atravessa uma crise enorme em todas as frentes derivadas da política, da economia e da área social. Também é crível que essa crise tenha raízes na má governabilidade que o país tem tido. Isto fica claro quando nos apercebemos que o país gastou mais do que arrecadou, que esses gastos foram mal empregados e que uma boa parte das receitas foi surripiada por agentes políticos e empresários ávidos de poder e dinheiro para se banquetear. Nesse desvario ficaram de fora o de sempre: a grande massa de povo que precisa de escola, hospital, trabalho, transporte e segurança… pelo menos! É desse jeito que acontecem as eleições deste ano. É aí que se enxerga que o povo não está tão anestesiado e clama por uma nova ordem na bagunça que o atormenta. Com o voto esse povo renovou uma boa parte dos quadros políticos; enxotou quem estava aparelhado no poder; desprestigiou velhos caciques da politicagem; e optou por uma onda nova que aparentemente se apresenta contra o estatismo reinante. E agora José? Agora não se pode esperar que o Presidente, liberal, se transforme em super homem, nem que seja capaz de um momento para o outro implantar uma nação reluzente em cima de atrasos escuros e escusos, enrustidos durante séculos e que desembocaram em décadas de roubalheira bem maior do que aquela do tempo de 1500. Portanto, gente, estamos todos na mesma nau… Cumpre-

nos que doemos o nosso melhor para que ela não afunde de vez!

Por Carlos da Fonseca.