AGRICULTURA FAMILIAR

Por: Alfredo Stange

Todos os dias caminhões, carretas e baús, sobem as serras de Suiça e Rio Bonito, de manhã e à tarde, com destino a Santa Maria de Jetibá; e à tardinha, à noite e pela madrugada, descem lotados de hortaliças, ovos e outros produtos, com destino a diversos Estados das regiões sudeste e nordeste do Brasil. Transportam, basicamente, produtos da Agricultura Familiar que, com maior ou menor escala de produção, mão de obra e tecnologia simples ou mais moderna, valorizam o trabalho das famílias produtoras que também administram essa atividade tão importante para o meio rural e para a cidade. E é prazeroso ver a juventude se integrar cada vez mais na produção, gestão e comercialização dos produtos! Pelo fluxo do transporte que se observa nessa estrada (porque tem outra para a BR 262) nota-se que muitos jovens rurais, boa parte deles estudando, estão formando uma rede informal que os transforma em verdadeiros experts em organização e comércio. Cuja rede precisa atender a levantamento de demandas, expectativa de preços, sugestão de melhor embalagem, pontos estratégicos de recepção e carregamento para transporte e outras exigências**.** Antenados e criativos, também visam montar bons esquemas de apoio à identificação da demanda, ao tipo de produto, épocas de colheita e quantidades a produzir, o que acaba fazendo uma ligação promissora com os compradores e ajuda a quem tem para vender. Alguns desses jovens são os próprios filhos dos produtores. Beleza de trabalho integrado, esse, da participação familiar nas atividades agrícolas, da produção ao consumo, que contribuem para o bem estar da população. Plantar, colher, se alimentar e alimentar a população, atividade tão simples e tão perto de nós que até esquecemos da sua importância. A Agricultura Familiar! Particularmente encantadora, inspiradora, bonita nas cores e formas ela merece ser considerada Patrimônio Cultural do Município! Será isso possível? Associada ao Colono, claro!** Autoridades: PENSEM NISSO!**