ALÉM DO HORIZONTE

Por: Argeo Uliana

Nessas idas e vindas durante minha vida, seja em viagens, no contato com produtores, gestores da cooperativa e mesmo em conversas com amigos, sempre gosto de ouvir as pessoas e compreender a diversidade de opiniões. Refletindo sobre o atual momento, sobre o protagonismo que o Agro vem mostrando neste último ano, vejo que tem uma relação forte com a injeção de cerca de R$ 200 bilhões na economia feita pelo governo federal durante a pandemia. Este recurso gerou um aumento significativo no consumo, principalmente de alimentos.

Colocando-me no universo Agro como um produtor rural, fico limitado a enxergar somente o horizonte da produção, onde, claro, busco capacitação para promovê-la com qualidade e eficiência na minha propriedade. É inegável que a evolução tecnológica e de conhecimento no campo, nos faz produzir cada vez mais e melhor.

Mas de que adianta produzir se não há consumo? Quais setores são responsáveis por levar o alimento ao consumidor final? O comércio vem como um segundo horizonte. Compreender como esta engrenagem funciona é fundamental para que tenhamos, lá no campo, a demanda correta do que, e quando, produzirmos. Se relacionar com o varejista, através de um produto com marca atrativa, buscando excelência de atendimento, prazo e qualidade, são fundamentais! Eles, em primeira instância, são os responsáveis pelo escoamento da produção.

Mas o grande responsável por tudo isso é o consumidor, o cliente. Ele é quem decide o que, quando e onde comprar. Desta forma, um ambiente onde ele tenha uma ótima experiência de compra é o horizonte a ser mirado. Em última instância, os clientes são o combustível que determina a velocidade com que toda a produção agropecuária funciona. Quanto mais consumo, mais produção de alimento a preços melhores.

Vale aqui uma reflexão. Como mirar e agir nos três horizontes ao mesmo tempo?

Faço votos de um ótimo 2021 para todos nós!