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Cada criança tem seu tempo, até que ponto?

Coluna Pedagógica - 8 de fevereiro de 2021

*Por: Elânia Casagrande *

Sabe aquela famosa frase “cada criança tem seu tempo”, é uma verdade! Como mãe de duas – não somente me apropriando da teoria, mas também da prática – cada uma atingiu um marco de desenvolvimento em momento diferente. Então, não há como comparar ninguém, nem entre crianças da mesma idade, muito menos entre irmãos. O ritmo de desenvolvimento de cada criança deve ser respeitado. Contudo, há necessidade de fazer uma ressalva importante nesse contexto de que “cada criança tem seu tempo”. Quando se fala de desenvolvimento infantil, espera-se que em “devido” tempo a criança já tenha atingido determinadas habilidades, como o falar, andar, responder a estímulos, entre outras. Não o ter atingido dentro dos prazos estabelecidos não significa que a criança tenha algum diagnóstico. Porém, é conveniente que a criança tenha avaliação de um profissional neuropediatra, fonoaudiólogo ou psicólogo, a depender do caso. Quando a criança está na escola, em especial na primeira infância, é um excelente momento para observação de vários pontos de desenvolvimento, motor, de linguagem e de socialização. Nunca padronizando e deixando todas na mesma “caixinha”. Com esse olhar atento, se o pedagogo perceber algo, juntamente ao diálogo com cada professor da criança e suas observações, há que organizar um relatório descrevendo as situações observadas. Inclusive, além dos professores, se há outras pessoas na escola que convivem com a criança, vale a pena as ouvir, agregando mais valor às observações coletivas. Depois dessa observação na escola, é o momento de chamar a família para uma conversa. Porém, cada família poderá reagir de forma diferente, afinal é sempre muito delicado dialogar sobre o desenvolvimento da criança. Haverá familiares que ficarão gratos pelo cuidado zeloso da escola e haverá outras que, no primeiro momento, ficarão incomodadas. Nunca é fácil falar, nem ouvir sobre nossos filhos. Como profissionais da educação e mães, entendemos a situação; entretanto, jamais podemos deixar passar a oportunidade de buscar auxílio para a criança! É importante lembrar que as observações feitas na escola, respeitam os limites da formação pedagógica, sem invadir espaço de outras formações. Observamos e direcionamos o olhar da família para o assunto. A Escola não faz diagnóstico! A Escola observa, encaminha à família e coopera… sempre buscando o melhor para a criança: sua felicidade e seu pleno desenvolvimento!

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