
Domingo no Jornal do Campo a série “Mulheres do Campo” em homenagem ao mês das mulheres continua!
E nossa personagem deste domingo é a Dilma Schumach Kuster, uma agricultora de 34 anos. Nascida em Santa Leopoldina, ainda pequena foi morar na região de Garrafão, em Santa Maria. Quando se casou, mudou para a comunidade de Rio do Queijo, em São João do Garrafão. Os pais de Dilma já eram agricultores, plantavam verduras, inhame, criavam alguns bichos. Ela cresceu no campo.
Na sua propriedade, de 15 hectares, 5 são de produção. Lá, ela e o marido cultivavam inhame, morango e verduras. Mas, há um ano, o cenário mudou. O marido de Dilma enfartou e ela se viu sozinha para cuidar de tudo. Eles eram casados há 16 anos. Dilma tem duas filhas, uma de 16 anos e a outra de 10. A de 16 estuda em Escola Família Agrícola e, quando está em casa, ajuda a mãe.

Dilma está ensinando as filhas a viver no campo. Agora ela está deixando uma área de pasto e logo deve iniciar o plantio de feijão, couve flor e beterraba. Dilma diz que no campo as coisas falham, mas todo ano tem a oportunidade de conseguir fazer tudo de novo.
A vida é complicada, mas ela gosta. Uma das formas que ela encontrou para conseguir forças foi no Núcleo Feminino da Coopeavi onde 12 mulheres se reúnem mensalmente, cada mês na casa de uma, para trocar experiências e fazer cursos. No início ela estava desanimada, faltando muito… Mas agora nem pensa em parar!
A ideia da cooperativa é ser referência em sustentabilidade. Para você garantir a sustentabilidade, tem que garantir que os cooperados sejam sustentáveis. É trabalhar para que o cooperado permaneça no campo, desenvolvendo atividades em três pilares social, econômico e ambiental aliados. É um trabalho de forminguinha.
O trabalho dos núcleos é um trabalho social. São quatro núcleos femininos. Dois de cafeiculturas, um de hortifrúti e de avicultoras. A intenção é fortalecer a família, para que eles continuem no campo. A ideia é pensar no filho como um futuro, mas a mãe precisa ter um suporte emocional.

No total são 72 mulheres nos núcleos. No de Garrafão são 12 onde é feito um levantamento sobre as necessidades das mulheres. Marcela Takiguti, coordenadora dos Núcleos Femininos da Coopeavi percebeu que no de Garrafão as mulheres estavam tristes e desanimadas. Teve um momento que pensou que o núcleo iria acabar. Mas o tempo foi passando, os cursos oferecidos (culinária, maquiagem), passeios (shoppings, por exemplo) fizeram com que elas se animassem e criassem um vínculo.
As mulheres também estão se integrando no Reflorestar, para entender a importância de preservar o meio ambiente. Hoje se reúnem para organizar casamento, ajudar nos festejos das comunidades, por iniciativa própria. Marcela diz que as mulheres se sentem deixadas de lado, sentem que não são valorizadas. Por isso, o núcleo tenta mostrar para elas como são importantes.
Essa incrível história de motivação você confere domingo, às 7h30 da manhã, na TV Gazeta.