O COMPLEXO SER HUMANO... E O MISTERIOSO UNIVERSO
Por: Carlos da Fonseca
No dia 22 de setembro teve início a estação que intermeia o inverno e o verão, a primavera, que este ano passou despercebida já que o mês todo foi de clima quente bem diferente do “normal”. Foi também neste mês que se comemorou o dia da árvore. Dia 21. Passou despercebido… ou talvez não! Não fossem as catástrofes causadas pelas queimadas no Pantanal, na Amazônia, em vários lugares dos Estados Unidos, na Austrália e por todo o canto da Terra, que acabaram não só com milhões de árvores seculares e hectares e hectares de vegetação diversa, de biomas diversos, e de inúmeros seres vivos que neles têm seu habitat. Culpa do La Niña, culpa do aumento do calor no planeta, culpa de ações criminosas com objetivos inconfessáveis, o certo é que todos esses fenômenos vieram se juntar à pandemia causada pelo novo coronavírus o que, forçosamente, nos faz refletir sobre a nossa pequenez em relação ao misterioso e incomensurável universo, como também nos faz refletir como o ser humano, apesar de minúsculo, é tão complexo! Sim, porque temos que debitar muito do que está acontecendo no mundo à intervenção humana; embora saibamos que a natureza é absoluta e soberana e é ela quem dá as cartas, é a intervenção humana quem dilapida as bases naturais para delas se aproveitar a seu bel prazer. Apesar das catástrofes que estão deixando incontáveis números de vítimas, humanas, fauna e flora, observe o comportamento do bicho-homem: praias lotadas, festas doidas varando noites, viagens por tudo quanto é canto e atrativo turístico, glamour… Toda uma leveza como se estivesse no mundo a passeio e não houvesse amanhã. Que pandemia, que nada! Máscara para quê? O humano é, ou não é, um ser complexo?
