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O uso da palavra NÃO com as crianças

Coluna Pedagógica - 5 de dezembro de 2020

Por: Elânia Casagrande

Por que usamos tanto a palavra NÃO com os pequenos? É muito importante (deixamos claro) que evitar o uso da palavra NÃO, em nada tem a ver com ser permissivo! Afinal, a criança precisa lidar com limites e regras. A permissividade é extremamente prejudicial para a criança.

Então, vamos a exemplos práticos! Quando dizemos: não pense no elefante, a primeira coisa que fazemos é, justamente, pensar no elefante e não o contrário. Assim como, quando falamos não pule no sofá, a primeira coisa que fica na cabecinha da criança é a última frase dita depois do não.

Desta forma, o NÃO acaba perdendo sua eficácia e, por vezes, de tanto ser dito se torna banal. O que fazer então? Descreva para a criança o que ela pode fazer; se está pulando no sofá, diga onde ela pode pular; dê outras opções de brincadeiras, ao invés de usar o não. Uma outra alternativa possível será em alguns momentos, usar a palavra pare!

Outro ponto fundamental a se pensar: será que o excesso de NÃOS que estamos dizendo para a criança, tem mais relação conosco do que com os pequenos? Será mesmo que todos os NÃOS que falamos, de fato, são mesmo não? Em alguns momentos é só a criança sendo criança, porém a nossa impaciência com ela (com a infância em geral) adicionada à correria do dia a dia, nos faz limitar os pequenos. Pense nisso!

Entretanto, é bom lembrar que isso é um processo e que, às vezes, nenhuma das estratégias funcionará como gostaríamos. Não somos robôs, muito menos as crianças, e está tudo bem! Há dias e dias… e nada como o amor em todos eles.

Deixamos como sugestão o livro “O cérebro da criança” de Daniel J. Siegel e Tina Payne Bryson.

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