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Produção de camarão despenca em 2017; as de ovos e mel crescem, segundo IBGE

Agronegócio - Notícias - 26 de setembro de 2018

Produção de leite, maior em volume entre os itens de origem animal, ficou praticamente estável em relação a 2016.

Produção de camarão do Brasil caiu mais de 20% em 2017 por causa de doença causada por "vírus da mancha branca" — Foto: Ivan Duarte

Produção de camarão do Brasil caiu mais de 20% em 2017 por causa de doença causada por “vírus da mancha branca” — Foto: Ivan Duarte

A produção de camarão despencou mais de 20% em 2017, divulgou nesta quinta-feira (27) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foi maior queda entre os itens de origem animal.

Já a produção de leite, que é a de maior volume no setor, ficou praticamente estável (-0,5%), enquanto a de ovos, segunda mais relevante nesse quesito, cresceu 11%. Veja por segmento:

Frutos do mar e peixes

Foram produzidas no ano passado 41 mil toneladas de camarão, 21,4% menos que em 2016. Dessas, 40,5 mil toneladas vieram da região Nordeste (98,8%). Os principais estados produtores foram Rio Grande do Norte, que respondeu por 37,7% do total, e Ceará, com 28,9%.

A queda acentuada na produção se deu porque a cultura de ambos os estados foi afetada por uma doença causa pelo chamado “vírus da mancha branca”, que dificulta o manejo e provoca perdas. A cidade brasileira que mais produziu camarão em 2017 foi Aracati, no Ceará.

Já a produção de ostras, vieiras e mexilhões foi de 20,9 mil toneladas em 2017, alta de 0,5% em um ano. Sozinho, o estado de Santa Catarina respondeu por 98,1% do total e a cidade que mais produziu foi Palhoça.

A chamada despesca (abate) de peixes totalizou 485,2 mil toneladas no ano, redução de 2,6% ante 2016. O estado do Paraná, na região Sul, passou a ser o maior produtor do país, desbancando a região Norte. O município com a maior produção foi Nova Aurora, PR. O peixe mais cultivado no Brasil é a tilápia, que responde por 58,4% do total, seguido pelo tambaqui (18,2%).

É importante destacar que a pesquisa Produção da Pecuária Municipal só considera o cultivo de peixes e frutos do mar. Produtos da pesca (extrativismo) não entram.

Mel

Foram produzidas 41,6 mil toneladas de mel em 2017, aumento de 5% em relação a 2016. O valor da produção chegou a R$ 513,9 milhões. A principal região produtora do país é a Sul, que responde por 39,7% do total, com destaque para o Rio Grande do Sul, estado líder, com 15,2%. O mel é produzido em 3,8 mil cidades brasileiras.

Leite

A produção de leite no ano somou 33,5 bilhões de litros, retração de 0,5% em relação a 2016. O valor de produção gerado na atividade foi de R$ 37,1 bilhões. A região Sul é a líder e responde por 35,7% do total produzido, apesar de a região Sudeste concentrar a maior quantidade de vacas leiteiras (30,4% do total de 17,1 milhões de cabeças). O estado que mais produz é Minas Gerais, com 8,9 milhões de litros, mas a capital do leite é Castro, no Paraná.

Ovos

Em 2017, foram produzidas 4,2 bilhões de dúzias de ovos de galinha, 11,6% mais que em 2016. O rendimento foi de R$ 13,5 bilhões. A região Sudeste lidera a produção (com 44,8%) do total, sendo 26,4% vindos do estado de São Paulo. O munício que mais produziu em 2017, porém, foi Santa Maria de Jetibá, no Espírito Santo, que desbancou a cidade paulista de Bastos. Também foram produzidas em 2017 290,8 milhões de dúzias de ovos de codorna no país.

Animais vivos

País tinha 214,9 milhões de bois vivos no fim de 2017 — Foto: Divulgação/ Idaf

País tinha 214,9 milhões de bois vivos no fim de 2017 — Foto: Divulgação/ Idaf

Em 31 de dezembro de 2017, o país tinha 1,4 bilhão de galináceos (galinhas, frangos e pintinhos) vivos – sendo 242,8 milhões de cabeças destinadas à postura de ovos. A maior parte deles (47,1%) se concentrava na região Sul. As codornas somavam 15,5 milhões de cabeças. O Brasil é o segundo maior produtor e o maior exportador de carne de frango do mundo. A produção de carne e o abate de animais não são medidos na pesquisa.

Já o rebanho bovino totalizava 214,9 milhões de cabeças no fim do ano passado, uma redução de 1,5% em comparação a 2016. A redução se deu em função do abate de vacas reprodutoras, por conta da queda no preço do bezerro, da demanda interna reduzida por conta da crise e de problemas como a Operação Carne Fraca e os embargos temporários da importação de carne brasileira por uma série de países, segundo o IBGE.

O Brasil tem o segundo maior rebanho de bois do mundo, atrás apenas da Índia. A região Centro-Oeste é a maior produtora e responde por 34,5% do total, com liderança do Estado do Mato Grosso (13,8% do total). A cidade com o maior rebanho, porém, é são Félix do Xingu, no Pará.

O rebanho suíno somava 41,1 milhões de cabeças em 31 de dezembro de 2017, alta de 3% em relação ao ano anterior. Dessas, 4,7 milhões correspondem a porcas usadas para reprodução. A região Sul concentra o maior efetivo, com Santa Catarina liderando o ranking, com 19,7% do total nacional. Já o principal município produtor é Toledo, no Paraná.

Os caprinos (cabritos e bodes) somavam 9,6 milhões de cabeças no fim do ano, enquanto os ovinos (ovelhas) totalizavam 18 milhões. A região Nordeste abrigou 93,2% do rebanho de caprinos e 64,2% do rebanho de ovinos, sendo o estado da Bahia e a cidade baiana de Casa Nova líder nas duas criações.

Já a atividade de tosquia de ovelhas por sua vez, é predominante na Região Sul, responsável por 99% das 9,4 toneladas de lã produzidas em 2017. O Rio Grande do Sul foi o estado com maior participação nacional e representou 94,1% do total. O município de Santana do Livramento é líder no setor.

Já os casulos de bicho-da-seda produziram 3 milhões de quilos em 2017.

Fonte: G1.

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