Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come
IN SERVATOR
Estamos diante de uma situação “sui generis” nestas eleições: “se correr o bicho pega, se ficar o bicho come”. E já vou logo explicando onde e como quero chegar. Temos um candidato apoiado por uma massa que trata a política como seita e por isso desenvolveu o fanatismo; um outro candidato que apresenta propostas totalmente descabidas e ainda aquele outro que, de forma velada, prega violência e discriminação. Temos uma candidata morna (leia na sua bíblia sobre mornos), outro atolado em corrupção e desvios e mais uns outros que, sabedores de não terem chance de ganharem as eleições, fazem as propostas mais inusitadas e improváveis que se possam imaginar, além de estarem dilapidando uma parte importante do Fundo Partidário abastecido com os nossos suados impostos. E nós, moramos num país onde se é OBRIGADO a votar! Se não você corre o risco, inclusive, de estudar muito, ralar, passar num concurso e simplesmente não poder assumir porque não ESTÁ EM DIA COM A JUSTIÇA ELEITORAL. Como ficar em dia votando nessa lista que está aí? Como se sentir motivado a cumprir com as “obrigações eleitorais” se o sistema político não nos dá opções decentes e plausíveis para votar com o mínimo de dignidade que se espera quando exercemos o sufrágio universal? Por isso é que digo, votar no Brasil em 2018 se resume numa questão simples: “se correr o bicho pega, se ficar o bicho come”. Ao votarmos estaremos colaborando para agravar ainda mais a crise moral brasileira; se não votarmos corremos o risco de perder os nossos direitos mais elementares: porque votar é obrigatório, é imposição! Resta fazer uma coisa: oremos!
Por José Renato Coan.