A MINHA OPINIÃO

Se tem algumas vezes em que escrever a minha opinião não é tarefa fácil e nem prazerosa… esta, deste mês de março, é uma delas, de poucas diga-se. Sabe por quê caro leitor? Por duas razões: a primeira porque acontecimentos deste princípio de ano, alguns parecendo fortuitos e fora do que podemos chamar da ação do homem, como são os desastres provocados por enchentes, vendavais, cataclismos como incêndios, grandes nevascas, fortes amplitudes térmicas, chuvas torrenciais… foram vistos e sentidos por todos os cantos do planeta; e segunda porque jamais se viu, em tão pouco tempo, um rol de acontecimentos ruins em que o ser humano teve ação preponderante, como autor, como coadjuvante ou por simples omissão ou desmedida falta de racionalidade. Uma e outra as duas razões nos deixam “pra baixo” mesmo que nos orgulhemos de ter um bom controle emocional e façamos o impossível por vencer, a qualquer custo, a onda de desânimo que a toda a hora insiste em nos aporrinhar as ideias. Entre aquelas duas razões tem outra, tipo “hors concours”, que nos apoquenta sobremaneira e que diz respeito a todos nós brasileiros. É a seguinte: em outubro tivemos um desfecho eleitoral precedido de campanhas que prenunciavam uma mudança drástica dos sistemas governativos do país, não foi? Pois bem, o que se vê é que algumas mudanças se deram no computo dos votos, é verdade, mas só isso! Três meses se passaram e as guerras entre poderes recrudesceram; um peso e duas medidas continuam em várias decisões; os discursos voltaram ao tempo do dilmês; as fake news se instalaram com a força toda; e as redes sociais estão de “pedra e cal” soberanas no governo do país. Ah! Esquecia: a sombra de uma nova greve de caminhoneiros atormenta até os mais avisados! Viu, por que é que eu disse que esta crônica seria difícil e pouco prazerosa? Por isso…
Por Carlos da Fonseca