A minha opinião
Como gostaria de usar este espaço, agora ainda branco sem palavras escritas, exatamente para escrever um texto suave, de bem querer, de satisfação por tudo o que nos rodeia. Só que infelizmente, embora tenhamos esse lado, o “outro” é bem gritante, muito mais, e nos leva a falar dele mesmo sabendo que não serão as nossas palavras que o amenizarão. Sobreleva-se aí aquele conceito do beija flor levando a sua gotinha de água no bico para amenizar uma queimada amazônica. Sem desistir! Isso para dizer, como já dissemos, que ainda esses fogos malditos não foram apagados e já outra catástrofe se abate sobre o Brasil. Um tremendo “vazamento” de óleo, ou seja lá o que seja, vem inundando a costa nordeste brasileira numa extensão de mais de 2.200 quilômetros se agarrando nas areias das praias, nas pedras das encostas costeiras, no fundo dos oceanos, nos animais e plantas marinhas. Quase chegando a um paraíso ecológico, o parque marinho do arquipélago de Abrolhos. Isso tudo, direta ou indiretamente, pelas mãos dos seres humanos! Esses que também se confrontam no Chile, no Equador, na Venezuela, na Bolívia, na Turquia, na Síria… um bocado por todo o mundo. Que força malévola é essa que leva seres humanos racionais ao irracionalismo da disputa bruta entre si; que os leva a destruir aquilo que não lhes pertence – e lhes foi oferecido gratuitamente – devendo, por isso, ser usufruído e preservado? Essa e muitas outras perguntas, por mais que sejam perguntadas sempre ficarão sem resposta. Mas uma coisa é certa: uma força divina, extraordinária, fez o universo, fez a terra e aí fez o ser humano, que, paupérrimo de espírito, no meio de tanta benesse e divindade se lambuzou… como atestam, infelizmente, milhares de exemplos…
***Por Carlos da Fonseca. ***
