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Adeus professor, adeus professora?

Coluna Pedagógica - Notícias - 1 de julho de 2019

Com um título bem sugestivo, refletindo sobre a obra do autor Libâneo, quando observamos o contexto tecnológico, percebemos que há uma reavaliação do papel da escola e dos professores já que a todo o momento lemos sobre novas nomenclaturas, sala de aula invertida, educação 3.0, espaço maker… Embora a tecnologia faça parte do cotidiano social, não quer dizer que este acesso ocorra de forma igualitária e, como bem sabemos das outras dificuldades enfrentadas no campo educacional, vislumbrar para além das demandas é o grande X da questão. Além do mais, temos que compreender que a tecnologia não substituirá o professor, ele é quem possibilitará formas dessa engrenagem funcionar, ajustando sua didática às novas realidades. A tecnologia por si só não irá garantir a aprendizagem do estudante. Cabe ao professor apropriar-se de conhecimento, compreendendo os recursos, sabendo distinguir o quê e como usar ou descartar, bem como definir claramente em seus planejamentos, o objetivo do que pretende alcançar com aquela ferramenta. A proposta, sobretudo, é ir além de profissionais que se tornem meros técnicos executores de recursos tecnológicos. Ao contrário, prima-se por pessoas capazes de discernir os efeitos positivos e negativos do seu uso, bem como das ferramentas que utilizará. A tecnologia é um aparato, um meio para a construção de novos saberes.

Como diz Libâneo, “o que deve ser a escola em face dessas novas realidades? A escola precisa deixar de ser meramente uma agência transmissora de informação e transformar-se num lugar de análises críticas e produção da informação, onde o conhecimento possibilita a atribuição de significado à informação.”

Uma aprendizagem mais colaborativa, em que o estudante possa além de ver e ouvir, construir, participar, trocar ideias e encontrar na escola uma vivência próxima de sua realidade é bem significativa. É uma mudança e tanto, vamos encarar? Para início do diálogo, que possamos buscar informação, formação, nos preparar para as discussões neste novo contexto. Estamos todos no mesmo “barco”, sintam-se abraçados e convidados para aprendermos juntos.

*Por Elânia Casagrande. *

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