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CriativaMente

Coluna Pedagógica - 16 de julho de 2020

Longe dos muros da escola há tanto estímulo, e dentro da sala de aula é um só falando. Numa geração tão exposta a estímulos de diversas ordens, exigindo cada vez mais inovação e criatividade, temos nesse contexto a sala de aula ainda baseada em um modelo tradicional, com espaço reduzido para o pensamento criativo, para a expressão artística e a brincadeira.

Estamos formando gerações capazes de calcular, planejar, reproduzir ideias, mas com muitas dificuldades de criar, de propor soluções originais para as vivências do dia a dia.

É ainda um desafio agregar ao currículo e à organização escolar as práticas criativas, o fazer por si mesmo, o descobrir por si próprio, o imaginar o inimaginável, que perpetuam o ensinar e aprender alguma coisa de cima para baixo. Ao contrário: limita-se o fazer criativo às aulas de arte onde não, necessariamente e de fato, são realizadas práticas inovadoras ou criativas, restringindo a criança somente ao pintar a mesma coisa que todo mundo pinta. Cabe ao professor ser mediador desse desafio de processo de construção de conhecimento, compreendendo que é possível e necessária a união das diversas habilidades, interligando o raciocínio lógico ao processo criativo.

Papel não somente que compete à escola. Em família, a criação também deve ser estimulada. Podem os pais, por exemplo, iniciar uma história e deixar a criança terminar de contar, inventar nomes para personagens, inventar músicas, dramatizar. Outra estratégia é organizar cantinhos: eles são um convite para brincar, permitindo à criança criar livremente, com o adulto apenas observando e deixando vários materiais a disposição, como as pontas que são feitas do lápis, papel de presente usado, encartes de propagandas, rolinhos de papel higiênico, tesoura, cola, entre outros. Uma opção super bacana: caixas de papelão! Elas possuem infinitas possibilidades nas brincadeiras dos pequenos, podendo ser ora um avião, ora um trem. Afinal, quem falou que para ter infância e explorar o brincar é preciso ter brinquedos caros? Uma cabecinha cheia de ideias e materiais recicláveis já garantem a festa. Vamos criar?

Elânia Casagrande

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