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Desempenho do ovo em novembro e no decorrer de 2018

Agro é Negócio - 5 de dezembro de 2018

Depois de fechar o décimo mês de 2018 com o pior resultado do ano e registrar o menor preço do último quadriênio para um mês de outubro, o ovo iniciou novembro sinalizando recuperação, porquanto obteve reajustes da ordem de 33% apenas nos oito primeiros dias de negócios do mês.

Mas essa recuperação foi efêmera. Pois sucedida por brevíssimo período de estabilização. E, já na passagem da primeira para a segunda quinzena, os preços do produto voltaram a refluir. Quase no mesmo espaço de tempo do ganho anterior, o produto perdeu 17% de seu preço.

Com tal desempenho, os resultados do mês foram pífios. Pois ainda que o preço médio tenha correspondido a um incremento de mais de 13% sobre outubro de 2018, comparativamente ao mesmo mês do ano passado prevaleceu redução superior a 14%. Com isso, a média alcançada em novembro, embora superando a do mês anterior, permanece como a terceira pior do ano. Aliás, terceira pior em mais de três anos, ou seja, desde outubro de 2015.

A esta altura de 2018 é pouco provável que o valor médio do produto no ano ultrapasse os R$64,00/caixa (preço aplicável a cargas fechadas de ovo branco extra comercializado no atacado da cidade de São Paulo). Quer dizer: deve alcançar, no exercício, valor inferior ao dos dois anos anteriores. E por quê? Porque, sobretudo, estimulado pelo aumento do consumo observado dois anos atrás, o setor precipitou-se na expansão do plantel produtor. Para confirmar, basta observar que a média mensal de alojamento dos 10 primeiros meses de 2018 é quase 25% superior à de 2016. Junte- se a isso o habitual incremento de produtividade das linhagens em criação e uma retração de consumo que até agora não deu mostras de reversão e têm-se todos os ingredientes para colocar a atividade em xeque.

Em situações anteriores de fraco andamento do mercado, era suficiente descartar as poedeiras mais velhas ou menos produtivas e as condições do mercado se revertiam. Essa receita, agora, não tem o menor efeito. Pois, independente dos descartes que sejam efetuados, mais e mais poedeiras iniciam a produção. Uma situação que somente será minimizada com o aumento do consumo e das exportações (Avisite).

Produção de Ovo Líquido em Santa Maria de Jetibá

O jornal A Gazeta publicou uma matéria no dia 19 de novembro relatando que o município iniciaria a produção de ovos líquidos. Na verdade, o município já oferece o produto para o mercado brasileiro. A cooperativa (Coopeavi) e a Kerovos produzem ovos líquidos há algum tempo. Mesmo assim a informação apurada pela jornalista Siumara Gonçalves é extremamente relevante para a economia santa-mariense, pois trata-se de um investimento milionário no município. De acordo com ela, o investimento para montar a agroindústria será na casa dos 4,5 milhões de reais e terá capacidade de produzir 20 toneladas por dia. Parabéns à família Stinguel pelo empreendimento em Santa Maria de Jetibá.

Qualidade de Café I

Os melhores cafés produzidos no Brasil foram premiados durante a Semana Internacional do Café, que aconteceu durante os dias 07 a 09 de novembro, em Belo Horizonte. Entre os dez melhores cafés arábica ficou a amostra inscrita pelo cafeicultor Jozé Braz Ortelan de Alto Caldeirão, Santa Teresa.

E para homenagear os produtores capixabas entre os melhores do Brasil, o Governador Hartung reuniu os produtores e entidades produtoras de café no palácio Anchieta.

Qualidade de Café II

Um dos principais prêmios de qualidade de café no Espírito Santo, o Pio Corteletti, divulgará os campeões no dia 15 de dezembro em Venda Nova do Imigrante. O Concurso de Qualidade é organizado pela Coopeavi, que distribuirá 13 mil reais entre os melhores colocados.

O prêmio tem como objetivo identificar, incentivar e premiar os melhores cafés das espécies arábica e conilon.

Por DOMICIO FAUSTINO

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