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Dificuldades e desafios do jornal regional

Cidade - Cultura - Educação - Notícias - Santa Maria de Jetibá - Santa Teresa - 3 de setembro de 2015

Por José Ivane de Souza e Leonardo Meira

*Vários percalços e tropeços fazem com que alguns veículos fiquem pelo caminho. Outros seguem pela estrada da informação. *

O jornal impresso no interior é o que conta a história da sua comunidade, é o que chega aos lugares mais inóspitos, às localidades mais distantes, ao bairro que as mídias maiores não conhecem, nem tem ideia de que existe.

O primeiro da Região Serrana

Frei José encadernou um exemplar do jornal O POVO, de 1920. (Foto: José Ivane) Frei José encadernou um exemplar do jornal O POVO, de 1920. (Foto: José Ivane)

Tendo como redator chefe, o advogado Frederico Muller e gerente de redação o jornalista Orlando Bonfim , no dia 7 de março de 1920 era lançado o exemplar número 01 do Jornal O POVO, começando aí a saga dos periódicos que circularam em Santa Teresa e região de montanhas nos últimos 95 anos.

Segundo o Frade capuchinho José Corteletti, dono de um extenso arquivo de jornais que circularam na região, O POVO foi um marco na história dos periódicos que durante décadas todos os domingos eram e distribuídos aos assinantes e anunciantes.

Em junho 1947, por ocasião da ordenação do primeiro capuchinho capixaba, Frei Vital Ronconi, nascia o jornal A VOZ DO SEMINÁRIO, sob a direção do frade italiano Jamaria di Sortino, que circulou até 1965. Sempre dirigido pelos franciscanos, A VOZ do SEMINÁRIO sobrevivia com doações das comunidades e as assinaturas e chegou por um período a ser quinzenal. Destaque para os colaboradores: Vitor Biazutti, Frei Jamaria di sortino, (um dos intelectuais da época militante da cultura e dos movimentos culturais), Cesar Broeto, Frei Serafim Pereira e a nossa fonte Frei José Corteletti (Beppe).

Entre os anos 1964/65 circulou na região o mais pitoresco dos jornais do estado. Ele era editado pelo nosso querido Beppe no dialeto Veneto-Trentino e chamava -se CARTA DA ROÇA, que possuía uma coluna que denunciava os problemas das comunidades.

Ainda no século XX circulou por aqui a Voz do Canaã da persistente militante política Cleusa Fardini e a Voz do Colibri dirigido por Márcia Telles. além do jornal da Escola Prática de Agricultura (mais tarde Ifes) O Agricultor.

Com o novo milênio chega também jornais com formatos contemporâneos, tablóides como o Folha das Montanhas que trouxe um jornalismo plural com ênfase ao turismo, sendo o periódico que lançou o conceito “Rua de Lazer”. Seguido do Carta das Montanhas, O Rio Doce, A Voz do Vale, Correio de Santa Teresa, Santa Notícia, que não resistiram ao mercado e já não circulam mais e, mais recentemente, o Gazzetta di Santa Teresa, do nosso amigo Evandro Seixas.

Neste contexto de dificuldades da manutenção dos jornais regionais, temos que, com justiça, pontuar a sobrevivência do jornal A Notícia que há 25 anos leva informação a região serrana do estado. Poucas pessoas sabem, mas para se manter um jornal regional por 25 anos é necessário muito sacrifício e dedicação.

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