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É tempo de eleições municipais

Associação Comercial - 13 de novembro de 2020

Por: Pablo Henrique de Melo

“Numa democracia saudável, a luta pelo poder, por mais acirrada que seja não pode servir de pretexto para que se violentem os padrões básicos de comportamento civilizado. Em outras palavras: todos, candidatos e eleitores, devem respeitar esses limites ditados pela decência – que, ao fim e ao cabo, é requisito fundamental para o reconhecimento mútuo da legitimidade dos que disputam o poder” escreve hoje, 30 de outubro, em Editorial, o Estadão. Torcemos para que isso aconteça, sempre. Mas, nem todo o mundo pensa como nós. Compulsando dados destas eleições municipais, podemos verificar que os Santa-marienses participam pouco da luta pelo poder. Isto comparando com o vizinho Santa Teresa, por exemplo, e até Itarana. Enquanto Santa Maria tem 40.431 habitantes, só tem 109 candidatos a Vereador e 3 a Prefeito; Santa Teresa tem 23.590 habitantes e tem 123 candidatos a Vereador e 5 a Prefeito (com uma candidatura indeferida e outra sob júdice); em Itarana, com 10.555 habitantes, 79 candidatos a Vereador e 4 a Prefeito. Santa Maria é o município com maior número de eleitores e com mais expressão econômica, mas os seus habitantes são muito modestos na participação política. Não é uma boa constatação, pois é no exercício da política que se constrói a melhoria dos serviços prestados pelos governantes. O fato é que, embora não tenhamos aqui o “eles e nós” como no cenário nacional, o que é louvável, há pouco envolvimento de lideranças que apresentem projetos compatíveis com a relevância de sermos o mais populoso e gerador de maior renda, além de maior produtor de ovos do Brasil e de hortifruti do Estado. A política saudável em uma democracia requer o envolvimento da sociedade no processo de escolha dos seus melhores representantes. As eleições são a maior demonstração de cidadania e liberdade de um país democrático. Nelas, os eleitores se entregam aos eleitos, de sua escolha, para eles conduzam os seus destinos. Não tendo uma sociedade comprometida com a política, as opções serão poucas. Sem o engajamento de todos e sem opções, continuaremos com a mesma mediocridade que nos assola há décadas.

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