Educação no Campo: “Direitos subjetivos dos camponeses”, é tema do seminário que será no dia 26
“Educação no campo: Direito subjetivo dos camponeses” é o tema da palestra que vai marcar o II Seminário de Educação no Campo de Colatina, que será realizado no dia 26 deste mês no auditório do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Colatina (STR) pelo Comitê de Educação para o Campo do município.
Segundo a presidente do STR, Maria Emília Brumati, o principal objetivo do evento é refletir o valor da Educação no Campo enquanto direito subjetivo dos povos camponeses, assunto que provocará um debate entre diversas entidades da área e o público do interior do município.
A abertura oficial será às 8 horas seguida da palestra e composição da mesa para discussão do tema junto aos participantes. A palestra será apresentada por Josimara Pezzin, da Gerência de Educação no Campo (Gecam) da Secretaria de Estado da Educação (Sedu), que atua na área da agroecologia, da economia solidária e da sustentabilidade.
O Comitê é formado pelo STR de Colatina, Central das Associações, Comissão Territorial, Emcor (Escola Municipal Comunitária Rural) de Reta Grande, São João Pequeno, Baunilha e Boapaba; EECOR (Escola Estadual de Educação no Campo) de Colatina; Secretarias Municipais de Educação (Semed) e Desenvolvimento Rural (Semder) e Incaper (Instituto Capixaba de Pesquisa e Extensão Rural),
Também participam do Comitê, o IFES (Instituto Federal do Espírito Santo) de Itapina, Superintendência Regional de Educação, Conselho Municipal de Educação, Polo UAB (Universidade Aberta), Unesc, Funcab (Fundação Castelo Branco), Escola Multisseriada e Raceffaes (Regional das Associações dos Centros Familiares de Formação em Alternância do Espírito Santo).
Educação no campo
Na concepção de alguns pesquisadores, entende-se que Educação no Campo, também chamada de Educação Rural, diz respeito è educação da população rural, prevista com adequações necessárias às peculiaridades da vida no campo e de cada região, definindo-se orientações para três aspectos essenciais à organização da ação pedagógica.
São aspectos como: conteúdos curriculares e metodologicas apropriadas às reais necessidades e interesses dos estudantes da zona rural; organização escolar própria, incluindo adequação do calendário escolar às fases do ciclo agrícola e às condições climáticas; e também à adequação à natureza do trabalho na zona rural.
Diz respeito a todo espaço educativo que se dá em espaços rurais considerando a diversidade, como a floresta, a agropecuária, as minas, a agricultura, a pesca, as populações ribeirinhas, os caiçaras e os extrativistas, e também as comunidades indígenas, quilombolas ou de assentamentos. contemplando no currículo escolar as características de cada local e os saberes ali presentes.
Outros especialistas na área chamam a atenção e defendem que a Educação no campo não se constitui apenas no meramente pedagógico, mas também no buscar relacionar escola e vida, almejando a veiculação de uma determinada concepção de campo, na qual esse seja um lugar de vida, não apenas como campo de produção, mas também meio de socialização, de cultura e de educação para os moradores da zona rural. Assim, de acordo com eles, compreender o processo de Educação do Campo, e não no Campo, é também constitutir esse com um espaço de existência, com todos os elementos disponíveis em outros espaços, como as cidades.
Fonte: Prefeitura Municipal de Colatina