Mãe de dois…
Quantos desafios a maternidade nos impõe? Estamos sempre administrando nosso tempo e realizando muitas tarefas sendo mãe, esposa, mulher, profissional… E quando nos tornamos mãe de dois ou mais filhos? Como será a reação do mais velho? E os ciúmes? Será que vou dar conta? Sempre haverá dúvidas, e desafios, principalmente quando não há uma rede de apoio. Todavia, entender que é um processo difícil para o primogênito torna tudo mais leve. Envolvê-lo desde a gravidez, dialogar preparando-o para a chegada do irmão, deixá-lo se sentir incluído nas tarefas quando o bebê nascer, facilita muito. Mas, e quando a diferença de idade é mínima? Sigamos os mesmos passos e adotemos outras situações. Por exemplo, ter um tempo de qualidade com o primogênito é extremamente necessário e significativo. Um bebê suga muito do nosso tempo. Então, sempre que for possível brinque, leia, cante, tenha um momentinho somente para o mais velho. Por menor que seja o tempo, ele será muito rico e proveitoso para ambos. Mostre-lhe fotos, vídeos, ultrassonografias, tudo o que tiver de quando era bebê, para ele entender que também passou por essas fases e que exigia muito colo. Não estranhe que quanto mais o bebê cresce, mais o ciúme pode se intensificar, antes o caçulinha não interagia, não fazia gracinhas, não disputava brinquedos… Há dificuldades, sim, para educar, amar, cuidar dos filhos. Porém, devagarinho, tudo encontrará seu lugar e o relacionamento dos irmãos se tornará íntimo e forte, em especial com a participação da família. Jamais compare um filho com o outro. Mesmo recebendo a mesma educação, cada um terá seu jeitinho de ser e os conflitos são normais em toda convivência. O sucesso estará no tempo junto, no amor e na forma de lidar com as situações tempestuosas da vida.
Lembre-se: você não é a mulher maravilha, precisa descansar, estar bem consigo mesma, para ficar bem com todos ao redor. Ser mãe é um prazer imensurável, porém desafiador… e, lá no fim, sentirá que tudo valeu a pena e o laço de amor entre os irmãos te deixará com lágrimas nos olhos por várias e várias vezes.
Por Elânia Casagrande.
