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Maioria dos brasileiros considera que a corrupção aumentou, diz estudo

Economia - Notícias - Política - 8 de outubro de 2017

O Barômetro Global da Corrupção, da Transparência Internacional, divulgado nesta segunda-feira, 9, referente à América Latina e Caribe – onde foram entrevistadas 22.302 pessoas residentes em 20 países da região – indica que quanto à percepção de corrupção, 78% dos brasileiros afirmaram acreditar que tenha aumentado nos doze meses anteriores à pesquisa. Os dados foram coletados em maio e junho de 2016, quando a Operação Lava Jato estava no seu auge.

O levantamento mostra, ainda, que 83% dos brasileiros consultados ‘acreditam que pessoas comuns podem fazer a diferença na luta contra a corrupção’. É a maior taxa da região (Costa Rica e Paraguai vêm em seguida, com 82%);

O Barômetro Global é apontado como a pesquisa de opinião mais importante no mundo sobre comportamentos relacionados à corrupção.

“A pesquisa que publicamos hoje reforça o entendimento de que o combate vigoroso que o Brasil está dando à corrupção não pode ser compreendido apenas pelo avanço institucional e a ação de setores do Ministério Público, Polícia e Judiciário, mas também pelo amplo respaldo da sociedade brasileira a esta causa”, afirma Bruno Brandão, representante no Brasil da Transparência Internacional. “E os resultados da pesquisa revelam que o Brasil se destaca de todos os demais países da região neste aspecto.”

A pesquisa aponta que o brasileiro é um dos que mais acredita ser socialmente aceitável denunciar casos de corrupção (Costa Rica 75%, Brasil 74%, Guatemala e Uruguai 71%) e 81% dos entrevistados no país responderam que, se testemunhassem um ato de corrupção, se sentiriam pessoalmente obrigados a denunciá-la – esta taxa só é maior no Uruguai (83%) e na Costa Rica (82%).

O Barômetro informa que ‘uma quantidade expressiva dos entrevistados no Brasil respondeu que denunciaria um ato de corrupção mesmo se tivesse que passar um dia inteiro em um Tribunal (Brasil 71%; Uruguai 70% e Costa Rica 66%)’.

Sobre experiências com pagamentos de propina para ter acesso a serviços públicos, os brasileiros tiveram a menor taxa na região, com exceção dos residentes de Trinidad e Tobago: apenas 11% dos entrevistados no Brasil disseram ter repassado propina para acessar serviços de saúde, educação, saneamento, polícia, justiça ou emissão de documentos (contra 6% dos residentes em Trinidad e Tobago). Na outra ponta, estão México (51%) e Peru (39%).

Fonte: Jornal Estadão

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