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Minha Opinião - Notícias - 17 de outubro de 2019

O Brasil tem sido e é o país que discursa em primeiro lugar na ONU na abertura da sua Assembleia Geral. É um privilégio adquirido desde a criação da entidade, em 1945, sendo isso tido como um prêmio de consolação por o nosso país ter sido vetado de participar do Conselho de Segurança da Organização, por Winston Churchill, do Reino Unido e Josef Stalin, da Rússia, dois dos membros dos 51, à época, e que agora somam 193 países. Talvez também por o Brasil ter sido um dos apoiadores da criação, pela ONU, do Estado de Israel através do chanceler Oswaldo Aranha! Bom, o certo é que o nosso país voltou, este ano, na 74ª edição, pelo Presidente Bolsonaro, a ser o primeiro a discursar. Para muitos teria sido melhor não ter falado, para outros falou e discursou como ninguém o fez antes, de igual para igual. Porém, na mais alta entidade mundial, como o é a Organização das Nações Unidas, o privilégio Brasileiro deste ano estaria fadado a ser aplaudido por uns, vaiado por outros, tanto no exterior como no nosso país. Isto por que as posições assumidas pelo presidente são, desde a sua breve campanha eleitoral até aos seus nove meses de governança, demonstrativas de quebra de paradigmas, desencontros, recuos, inconsistências e leveza política, que desagradam a um bom número de pessoas habituadas a outro tipo de presidente e agradam a outros que aproveitam para o enaltecer. Sobra o quê? Como sempre vai sobrar um monte de inutilidades, depois de um punhado de verdades que foram ditas e há de sobrar, de certeza absoluta, um Brasil mais maduro, mais acostumado às andanças gananciosas dos povos. O Brasil começa a entender que é riquíssimo – talvez o país mais rico do mundo – precisando só de um governo à sua altura que o conduza. O que depende do povo, claro!

Por Carlos da Fonseca.

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