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Minha Opinião - 3 de fevereiro de 2020

Era comum antigamente (e ainda se faz muito) iniciar um novo ano com uma retrospectiva do ano velho. Agora – não só pela velocidade das informações, mas também pelo volume de acontecimentos que se sucedem em avalanche – isso ficou um tanto de lado. E aqui para nós, ainda bem porque as pessoas entendem que o que passou e pode afetar a sua vida e foi ruim, poderá servir de exemplo para não voltar e, o que foi bom, pode ser repetido melhorando. De um modo ou de outro, convém que nós próprios façamos a nossa distinção entre ruim e bom, porque, nos tempos que vão correndo, essa “distinção”, diverge cada vez mais de indivíduo para indivíduo. Além disso, este ano, neste primeiro mês, os acontecimentos foram para lá de impactantes e merecem muita reflexão e análise para, pensando neles, podermos pensar em nós. Um desses acontecimentos foi o “dilúvio” que ocorreu sobre os estados de Mina Gerais e Espírito Santo. De um momento para o outro cidades inteiras foram levadas na enxurrada, não é? Sim, foi! Mas cidades têm casas, têm estruturas, têm pessoas, têm vida. E cada um dos atingidos – e dos que se sentem atingidos – jamais serão como antes, quando as cidades estavam vivas. Cada um tem uma história que não quer ver repetida. Uns renascerão das cinzas, outros não. Muitos irão sentir a força da natureza e o seu poder divino, outros nem tanto… debitando isso ao destino. Muitos, estando de fora, darão suas opiniões mesmo que não acertadas. Alguns ajudarão e outros se aproveitarão da ajuda. Lá na frente, entretanto, só os que sofreram diretamente se lembrarão, sem necessidade de retrospectiva. Como aqueles que ainda hoje lembram as enchentes de janeiro e fevereiro de 1979 em Minas e Espírito Santo: 47.776 desabrigados, 74 vítimas fatais, 4.424 residências atingidas…

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