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Minha Opinião - 5 de dezembro de 2018

Ainda sob os efeitos das campanhas eleitorais, de um modo geral mais desconstrutivas do que construtivas, e dos seus resultados, inesperados uns e já tarimbados outros, eis que o rescaldo de quase dois meses nos mostra o quanto é difícil entrar no emaranhado de um casulo cristalizado pelo tempo e pelos maus costumes em que se tornou o sistema político-administrativo-social deste imenso Brasil. Acreditamos que nem mesmo o Presidente eleito, carimbado nas andanças do Congresso, pois integrante por 28 anos da Assembleia Legislativa Nacional, conseguiu ainda a ponta do fio do casulo. Isto pela exposição de suas ideias, nem sempre no lugar certo e na hora certa, algumas que teve que desdizer ou recuar, outras que criaram polêmica por inexequíveis, ou passíveis de revisão por assessores mais abalizados para as proferir. Também por uma certa ideologia meio que feita nas coxas, que ora é conservadora, ora é ultraliberal e, às vezes, até sem nexo e ao arrepio (aparente) dos interesses nacionais. Enfim, dois meses após as eleições, parece que a eleição que mais interessa é a do Presidente da República. Porém, é bom lembrar que não é e que quem dá cartas é o Congresso. E as velhas raposas, as que sobraram e as que foram apeadas estão aí. Aquelas se fazendo presentes para doutrinar as novatas e, as outras, cuidando da sua aposentadoria nababesca. Não esqueçamos as pautas-bomba no Senado, na Câmara e, pasme-se, no Supremo. As eleições trouxeram bons indícios de mudança; muitas pessoas mudaram; contudo, muitas outras querem é ver o circo pegar fogo. Que o Governo do Presidente eleito saiba lidar com tudo isso pacificando os ânimos, congraçando o povo, dando exemplos de bom comportamento, seguindo o bom caminho, passo a passo, porque a tarefa é bem mais árdua do que se possa imaginar!

Por Carlos da Fonseca.

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