Tempo… Oh coisinha mais esquisita na vida da gente
Por Renato Coan.
Certo dia alguém resolveu contar o tempo em minutos, evoluindo para horas, que evoluem para dias e, finalmente, para anos. Alguém, também, decidiu que novo seria alguém de 15 anos e velho acima de 55. Alguém decidiu que coisas vividas há algum tempo seriam passadas e que aquelas que estavam por vir seriam futuros.
Isto, sem esse alguém ter certeza de que estava certo. O fato é que daí surgiu a maior esquisitice que temos na vida: o tempo! Esquisito porque nada mais é tão relativo do que o tempo. Uma hora em cima de um parapente é para o voador de primeira viagem uma eternidade, ao passo que para o piloto parece um segundo.
Aquele olhar apaixonado de apenas 10 segundos, ou menos, é um tempão quando se está diante da pessoa amada, ou na frente do amor da nossa vida. Aquele abraço que alguém te dá apertado, apertado! O que acontece? O tempo para! Esquisito mesmo esse negócio de tempo!
Existem pessoas com 50 anos que podem ser chamadas de jovens e tem jovens de 18 anos que já são idosos. Não, o ser humano não é esquisito! O tempo é que é esquisito! Porque foi quantificado, medido, numerado. E o tal “alguém” esqueceu que o cérebro trabalha, e vive de memórias, histórias, lembranças, sensações e emoções.
É aí que está a esquisitice do tempo. Não se pode colocar em números uma emoção vivida, ou determinar se uma sensação é velha ou nova em razão de quando foi sentida. Porém, o fato é que temos que conviver com isso. E sendo o tempo necessário e imprescindível, aprendamos tudo com ele sem, entretanto, nos deixarmos contaminar pela sua esquisitice!