A Minha Opinião

É comum, no Brasil, avaliar os governos nos seus primeiros cem dias. Em abril. Este mês em que comemora o descobrimento deste país, no ano de 1.500; a morte de Tiradentes, José Joaquim da Silva Xavier; o dia do Índio;o aniversário da cidade de Brasília; a fundação da ONU, datas históricas que estão na memória das pessoas e que, de algum modo, mudaram essa mesma história. Relevante também a comemoração da Páscoa que, para os católicos, representa a o renascimento, a fecundidade e a ressurreição de Cristo, o filho de Deus, morto para salvação dos homens. Pois bem, em abril, agora, outros fatos aconteceram e ficarão na história: a Catedral de Notre Dame de Paris pegou fogo e ficou quase destruída; um criminoso non-sense abateu 50 pessoas em mesquitas da Nova Zelândia, filmando e postando em redes sociais a sua tresloucada ação gratuita e sanguinária; o Estado Islâmico, em revanche, efetuou diversos ataques a igrejas, templos e outros locais com aglomeração de pessoas fazendo cerca de 300 mortes. Então, ao final deste mês, cabe fazermos uma reflexão das datas comemorativas – aquelas que já figuram na história da humanidade – e das datas que, pela sua magnitude ou pela sua incongruência, também ficarão na história, porque em todas elas haveremos de encontrar a digital do bicho homem. Aquele que é o único animal dotado de inteligência à face da terra – quiçá em todo o espaço sideral – e que nem por isso ( ou por isso mesmo) não se dá conta que nada neste mundo lhe pertence e só está aqui de passagem e uma passagem que não controla, já que nasceu sem querer e não terá capacidade de evitar a morte. Entre todas as datas que sobressaem em abril, fiquemos com a que devia ser a mais significativa: Páscoa!

***Por Carlos Da Fonseca ***