Caso Suzano: Qual a responsabilidade dos pais?
A falta de segurança nos faz deparar com situações preocupantes. Porém, este mês, “o massacre de Suzano”, me fez refletir e, pesquisando situações parecidas, que aconteceram recente, cheguei a uma conclusão: nenhum dos jovens criminosos envolvidos estaria vivendo em um lar estabilizado. Como era a família antiga. Minha intenção era publicar um artigo deste tema no mês em que se comemora o dia das mães. Porém, diante dos fatos, me obriguei a antecipar a matéria. Antigamente a criança era tratada como criança e seus direitos, desejos, vontades e quaisquer cuidados especiais, eram lhe oferecidos em respeito à sua condição de mini adulto. Aqui, em Santa Maria de Jetibá, por exemplo, as crianças iam para a lavoura bem jovens, acompanhando os pais. Me recordo das histórias que minha falecida avó contava sobre sua infância; e não havia computador ou televisão, aliás, até os brinquedos mais tradicionais, como carrinhos e bonecas, eram um luxo que só as famílias ricas podiam ter. Hoje, o tratamento das gerações mais jovens, está no sentido inverso, e a criança e o adolescente passaram a ser tratados como “reis no trono” e se uma criança é castigada, ou apenas repreendida, isso já pode ser considerado motivo de trauma.
É claro que não sou a favor da prática de maus-tratos contra crianças ou jovens o que considero uma questão seriíssima que vem sendo tratada com muito respeito, levando em conta a transformação social que, entretanto, se operou. Mas, nem de longe, podemos pensar que pais e mães não possam repreender seus filhos. Essa é uma função muito importante no processo de educação. A educação é feita com base no afeto que se transmite ao filho e, também, com base nos limites que ele deve observar. A criança precisa conhecer o amor, a amizade, o respeito e a consideração e, também, quais são os limites que tem que respeitar, os seus e os dos outros, por que isso é importantíssimo para que se torne apto a viver em comunidade. É esse respeito recíproco que a família proporciona que está faltando… e sobra para as barbáries que estão acontecendo!
Por Diúlia Berger