Editorial 379

Para completar o buquê das enfermidades, só faltava o surto de gripe aviária. A duras penas, tivemos que enfrentar a pandemia da covid, continuamos experimentando a dengue e a chikungunia... N1h1, gripezinhas que fazem milhares de vítimas, até à gripe aviária que tem trazido grandes incômodos ao nosso Estado do Espírito Santo. Embora os focos tenham sido imediatamente detectados, o fato é que, pelos sustos que tivemos de contrair vírus mortais, uma simples ave migratória já faz um estrago tremendo no comportamento das pessoas. Aliás, pessoas que, em grande número, continuam resistentes à vacinação (sabe-se lá o motivo) demonstrando um negacionismo incomum e descrença idem na ciência. Enfim, a Covid 19 e outras mazelas na saúde pública; a violência doméstica, contra as mulheres, contra as escolas, no trânsito, contra a sociedade (e nesta por qualquer motivo, ou sem nenhum motivo); as guerras de ego em diversos grupos sociais (desde o da família, ao de amigos) até às guerras estúpidas entre tribos, crenças religiosas, rácicas, ou políticas - onde nações, as mais desenvolvidas em IDH e TI, se envolvem sem qualquer senso comum - estão fazendo com que, cada vez mais, a nossa passagem na terra seja um grande pesadelo em vez de um sonho de vida. Embora todos os anos nós, seres humanos, relembremos a importância da conservação e renovação do meio ambiente; embora queiramos criar mecanismos de combate às violências; embora falemos que é necessário aperfeiçoar o fundamento da educação dos seres humanos, na família, na escola, nas comunidades... há muito mais a fazer para que eles se aperfeiçoem. Um muito mais que ultrapassa todas as tecnologias existentes, já inventadas e em desenvolvimento, que tendem a aumentar o poderio de quem as adquirir. Infelizmente, pelo que conhecemos historicamente da humanidade, sempre haverá, por parte do ser humano, o objetivo (a meta) do poder e do dinheiro subjugantes! Alerta à navegação: este Editorial não é pessimista. É real!