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O Agro não é pop

Agro é Negócio - Notícias - 9 de julho de 2018

Por João Rosa.

O slogan “Agro é tech, agro é pop, agro é tudo” sem dúvida é a marca da belíssima campanha de marketing “Agro: a Indústria-Riqueza do Brasil” promovida pela Rede Globo em nível nacional. O objetivo da campanha é conectar o consumidor com o produtor rural e desmistificar alguns mitos em torno do agronegócio.

A afirmativa integral da mensagem, entretanto, é questionável. O agronegócio realmente é “tech”, com tecnologia de ponta empregada em diversos elos da cadeia produtiva, desde o desenvolvimento de cultivares até à comercialização do produto final. E a modernização é crescente. O agronegócio também é “tudo”, indo muito além de “simplesmente” alimentos. Basta assistir aos episódios da campanha para constatar a modernização das cadeias produtivas e pluralidade de produtos e subprodutos provenientes da produção.

Agora, se tem uma coisa que o agronegócio não é, é “pop”. “Pop”, segundo o dicionário, vem de “popular”, trazendo uma conotação informal de “descolado”, “na moda” e muitos outros termos que remetem a algo legal. Uma expressão vinculada ao mundo dos famosos.

Definitivamente, o agro não é “pop”. Longe disso, preconceito e desconfiança, esses sim são termos carregados pelo nosso setor – pelo menos em um primeiro momento – para grande parte da população. E não me restrinjo apenas ao Brasil, me refiro ao mundo. E não é para menos. Informações sem fundamento, incompletas, norteadas por ideologismos, algumas, inclusive, cerceadas por interesses terceiros, são as que mais atingem a população e, evidentemente, geram dúvidas e indignação. E as celebridades, já que estamos tratando do universo “pop”, têm boa responsabilidade nessa história, dado seu potencial de capilaridade e inspiração alheia. Na era digital, atingir e influenciar milhões de seguidores é tarefa fácil para alguns.

Talvez o exemplo mais recente que temos concerne sobre o Projeto de Lei 6299/2002, apelidada carinhosamente de “Lei dos Agrotóxicos” ou “PL do Veneno”. Um dos objetivos da proposta é agilizar o processo de registro – hoje leva entre 8 e 10 anos – de novos produtos, estes mais modernos e que irão substituir as formulações atuais. Com isso vai junto o fato/indignação de que os agricultores brasileiros utilizam defensivos em desuso no exterior

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