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Sem transporte, alunos de Santa Maria de Jetibá podem ser reprovados por falta

Cidade - Educação - Notícias - Santa Maria de Jetibá - 6 de junho de 2016

Por quase dois meses, alunos, principalmente do Ensino de Jovens e Adultos (EJA) da Escola Ensino Estadual Fundamental e Médio São Luis, localizada no bairro São Luis, em Santa Maria de Jetibá, estão com dificuldades de ir para o colégio. O motivo: falta de transporte escolar. Por morarem em áreas rurais do município, muitos só conseguem chegar à unidade com o transporte fornecido pelo Governo.

De acordo com estudantes e professores da unidade escolar, a Secretaria do Estado de Educação (Sedu), está ciente da situação, mas até o presente momento, não se manifestou sobre o caso. Eles contam que as escolas de ensino estadual estão sem transporte desde que o último processo licitatório não obteve nenhuma contratação.

“As escolas estaduais estão prejudicadas, porque não está tendo o repasse total das verbas, isto é, a Sedu não está arcando com os valores. Fizeram licitação, mas ofertaram o mesmo preço de quilometragem e de gasolina do que o contrato interior, mas a gasolina subiu e eles não aceitaram aumentar o repasse. Já tem quase dois meses, e os mais prejudicados sãos os estudantes do ensino noturno e as escolas mais afastadas do centro. Aqui na escola, 80% dos alunos do noturno, estão perdendo aula, tem dia que tem cinco alunos, tem dias que não tem nenhum. E, eles estão fazendo de tudo para vir para escola”, contou um professor que preferiu não se identificar, com receio de sofrer perseguição.16483_sala_de_aula_escola_particular-23126

Por estarem perdendo aula, o professor destacou que existe sim, a possibilidade deles serem reprovados por falta. Contudo, ele lembrou que somente a Sedu pode evitar que eles percam o ano letivo. “Eles estão perdendo aula, podem se sair mal nas provas, porque as aulas continuam acontecendo normalmente. Fora que estão com faltas. Só a Sedu pode fazer algo para evitar a reprovação deles. A gente está fazendo o nosso trabalho triplicado, criamos uma conta de e-mail para cada turma, colocamos os conteúdos para serem acessarem em casa. Mas nem todos têm acesso à internet”, revelou.

A aluna do terceiro ano do EJA, Eliana Kampine, de 19 anos, mora na zona rural, na divisa entre São Luis com Caldeirão. “Da minha casa até a escola são mais de 5km. Fazia uso do transporte, mas tem mais de um mês que estamos sem o ôninus e isso está me prejudicando bastante na escola. Só consegui ir uma vez para o colégio, desde que isso começou. Estou me sentindo meio abandonada, criaram um e-mail para colocar as atividades para que a gente possa acompanhar e conseguir fazer as provas. Me sinto muito chateada, estava trabalhando, fazendo EJA para entrar na faculdade. E agora, acho que posso reprovar por conta dessa situação”, afirmou.

A estudante ressaltou ainda que não tem condições de ir para o colégio por conta própria, já que os ônibus municipais não passam perto de sua residência, somente no perímetro urbano, ou seja, no centro da cidade. “A situação está muito difícil”, declarou Kampine.

Representando os estudantes, Cyntia Tonath, 20, também faz o EJA na EEEFM São Luis, afirmou que apesar de não precisar mais do transporte, cerca de 3 mil alunos da rede estadual de ensino estão sofrendo com a falta de ônibus escolar. “A Sedu contratava ônibus da região para fazer o transporte dos estudantes, só na nossa escola são 700, mas o que sabemos é que todas escolas estaduais estão sem o transporte, e isso, dá cerca de 3 mil alunos. Enquanto a escola funciona normalmente, por conta da falta de transporte, diversos alunos estão perdendo aula. Os prejudicados nessa história, são os estudantes, os que querem aprender. É totalmente um descaso com os estudantes, os meus colegas estão desesperados”.

A situação dos alunos do EJA só tem se agravado, pois de acordo com as datas letivas, falta apenas um mês para os estudante do terceiro ano concluírem o ensino médio. “Vamos discutir essa questão na jornada pedagógica, ver o que dá para cobrar e fazer. O EJA termina no dia 8 de julho, e eles perderam dois meses de aula e conhecimento”, frisou o professor.

Procuramos a Secretaria do Estado de Educação, mas até o fechamento desta matéria, não obtivemos nenhum retorno.

Fonte: eshoje.com.br

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