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Sou otimista e realista

Minha Opinião - 5 de abril de 2018

Por Carlos da Fonseca, diretor do Jornal Nova Notícia.

Eu não queria escrever sobre política nesta edição. Melhor, eu não queria escrever sobre politicagem, mas não tem outro jeito. É que temos vivido tempos bem difíceis no Brasil, uma sequência que deu um esquema político e social que, de ruim, tem vindo a se esboroar. Agora, pode-se dizer que chegamos ao fundo do poço porque o fundo lamacento e as paredes enormes, tão altas e escuras, não nos permitem enxergar uma luz sequer.

Quem me lê pode até achar que sou pessimista. Devo dizer que não sou. Aliás, eu sou otimista e realista. Já disse isso, aqui! É nessa que estou e me considero. Afinal, um país com uma economia enormemente deficitária; com uma classe política medíocre, corrupta e egocentrista; com um empresariado inerte e em alguns casos corrupto; um sistema bancário agiotista; uma administração pública pesada, em boa parte amadora e enormemente gastadora; um povo carente de educação, saúde, renda, segurança… e uma constrangedora desigualdade social, não pode, nos dias de hoje, ser de um país em que o seu povo se sinta confortável.

O meu realismo se assenta nisso, não pessimismo. E o otimismo vem do fato de o povo não se sentir confortável e, mesmo assim, continuar sendo trabalhador, humilde e sereno! Outro que fosse já se teria rebelado porque, afinal, o descalabro que aí está, a incerteza do porvir, além da crescente onda de insegurança e o regabofe em que navegam as elites, e os caras de pau que as culpam, já o justificava! Agora só no voto. Mas… em quem? Aí reside um grande problema: é que no cenário que os partidos políticos nos apresentam só tem mais do mesmo…

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