Tudo bem não estar bem!
Por: João Serrano
Você já reparou como é perfeita a vida em um comercial de margarina? Todos sorrindo em um belo dia de sol, os pássaros cantando, a grama sempre verde, as pessoas alegres e tudo na mais perfeita harmonia… Pena que a vida real não é assim. Pode chover, nós podemos chorar e nem sempre os pássaros cantam… muito menos as coisas ficam em harmonia constante! Às vezes é difícil enxergar essa realidade! Tentamos idealizar uma vida perfeita, sem erros e incoerências, queremos sempre resolver todos os problemas do mundo, mas é quase que impossível ter respostas e soluções para tudo. As coisas sempre irão acabar fugindo do nosso controle e, quando isso acontece, acabamos por experienciar sentimentos aflitivos de culpa e frustação por não termos conseguido o melhor, não termos “feito o máximo”. Devemos entender que nem sempre conseguiremos dar conta de tudo: algumas coisas sairão do controle. A vida não é um fliperama, você não vai ter um “game over” só porque não conseguiu resolver uma tarefa ou porque não se dedicou ao máximo!
As dúvidas são muitas, as certezas escassas; têm dias que acordamos e queremos salvar a nação; em outros… só desejamos colocar um pijama e passar o dia fazendo vários nadas! Não dar conta de tudo é mais normal do que parece. Nós somos cobrados e nos cobramos o tempo todo, mas não temos obrigação nenhuma de ter todas as respostas, muito menos de conseguir resolver todos os problemas. Podemos ter dúvidas, incertezas, podemos errar e depois tentar novamente. Estamos em uma evolução constante, enfrentamos uma metamorfose todos os dias e temos a chance de nos refazermos a cada manhã. Claro que não iremos ser pessoas perfeitas da noite para o dia, mas podemos trabalhar e nos dedicar para que os nossos esforços (sempre com uma boa motivação) possam resolver tudo o que está ao nosso alcance. Isso é ser humano, compreender que momentos difíceis existem, mas que não vão durar para sempre. Se observarmos a impermanência da vida, veremos que tudo está sempre mudando completamente. Inclusive nós! A partir daí entenderemos que está tudo bem… não estar bem, sempre!