ÚLTIMO ROUND

Por: José Renato Coan

Estamos a poucos dias da realização das eleições 2020 e o assunto não poderia ser outro neste fim de mês às vésperas de mudar todas as administrações municipais do país. Em ano com diversos problemas, as campanhas eleitorais só começaram em meados de setembro. Ainda bem porque só vimos uma amostra impressionante de falta de ética, de moral, de educação, de caráter que, quanto mais longa, pior seria. Antigas discussões que não levam a lugar nenhum, têm dado o tom das campanhas na nossa região, com assuntos irrelevantes, como ser deste ou daquele município; ou ter sido de um grupo e agora de outro… Enfim, coisas longe do interesse da comunidade e que, muito menos, mudam a vida do povo. Sem contar as publicações em redes sociais que, em alguns casos, são absurdas: poluição visual e erros ortográficos e de gramática aos montes. Jingles tocados a todo o momento, sem qualquer consideração com os eleitores, a poluição sonora invadiu as nossas ruas! Infelizmente o que menos se vê são propostas concretas para o que a população precisa e espera dos novos administradores. Tem momentos de campanha que suscitam a minha dúvida sobre se as novas Câmaras serão hospícios, circos ou cadeias, considerando os loucos, palhaços e fichas sujas que aparecem como candidatos. Estamos no último round da luta. Daqui a pouco aparecem os vencedores e o ringue ficará vazio por dois anos. Outros candidatos voltarão em 2022 para mais uma luta onde jogar sujo é prática rotineira. A busca do voto do eleitor transforma as campanhas em verdadeiros “vale tudo” imorais com lutadores desprovidos de sentimentos e valores! Mas, no fim, vencedores e vencidos retornarão às suas vidas. Uma pergunta final: como ficarão as cicatrizes dessa luta, tanto para lutadores quanto assistência? Sim, porque cicatrizes serão muitas…